Treinador teve um princípio de AVC no ano passado, quando treinava o São Paulo
O médico do Vasco, Alexandre Campello, disse ao canal Sportv que o atual problema de saúde do técnico Ricardo Gomes, que sofreu um AVC hemorrágico neste domingo (28), tem relação com o que o técnico teve quando ainda treinava o São Paulo, em 2010.
- Certamente sim [tem relação]. Ele teve uma isquemia transitória, e isso acontece por pico hipertensivo. Talvez ele tenha uma pressão arterial mal controlada.
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Ainda de acordo com Campello, Ricardo Gomes tomava medicamentos para controlar o problema, mas de forma irregular.
No domingo, após o treinador ser levado de ambulância do Engenhão, onde o Vasco enfrentava o Flamengo, Clovis Munhoz, outro médico cruz-maltino, tratou de evitar relações, e considerou que o pequeno AVC que o técnico teve no tricolor paulista não tinha nada a ver com o atual.
Apesar de o estado do comandante cruz-maltino ser grave, Campello se animou com a diminuição do hematoma após a cirurgia na noite de domingo.
- O estado do Ricardo é estável. Ele está sedado, em coma induzido. Foi realizada uma tomografia que mostrou uma regressão do hematoma, o procedimento foi feito de forma muito rápida, e é importante para a recuperação dele.
O médico Marco Aurélio Cunha, que trabalhou com Ricardo Gomes no São Paulo e é amigo do treinador, afirmou não ter conhecimento de outros problemas de saúde relacionados à situação que o comandante viveu no Tricolor.
- O Ricardo sempre teve contato comigo, falei com ele quinta e sexta, por telefone. Depois de diagnosticado e fazer o tratamento [no São Paulo], ele passou a levar uma vida normal, como qualquer paciente que tem um problema e se trata. Não sei se o nível de pressão arterial teve alguma alteração, pois ele não estava aqui conosco.
Para Marco Aurélio, o treinador seguiu suas atividades normalmente após a recuperação nos tempos de São Paulo.
- O tratamento foi feito e ele retomou sua vida normalmente. Se ele tivesse tido alguma queixa, o que acho que ele não teve, ele deveria procurar tratamento, mas não soube de algum outro problema.
Após a cirurgia, Campello evita falar sobre possíveis sequelas no comandante cruz-maltino. Segundo ele, por Ricardo estar sedado, não é possível saber se o comandante teve sua fala ou motricidade prejudicadas. Em 72 horas, quando a sedação deverá ser diminuída, ele será avaliado.