Brasil investirá R$ 4,7 bilhões para evitar apagão na Copa, diz jornal

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

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Força-tarefa identifica principais gargalos para garantir energia elétrica durante o Mundial



A União, os governos estaduais e as concessionárias do setor elétrico avaliaram a necessidade de investimento do país para evitar um apagão durante a Copa do Mundo de 2014 e chegaram à conclusão de que serão necessários R$ 4,7 bilhões para que as 12 cidades-sede tenham eletricidade garantida durante o evento. A informação é do jornal Valor Econômico.

País precisa investir R$ 20 bi na energia
Desse montante, R$ 3,4 bilhões devem sair das distribuidoras de energia. Será preciso estabelecer critérios mais rígidos para que não haja apagões durante o Mundial.

As demandas das cidades são diferentes. No Rio de Janeiro, por exemplo, a Light promete trocar os equipamentos mais antigos até a Copa de 2014. Em Manaus, há o risco de um déficit de 650 megawatts caso haja atraso na construção da linha de transmissão que liga a hidrelétrica de Tucuruí à cidade.

Muitas sedes, inclusive São Paulo, querem implementar os chamados eletroanéis, que criam rotas alternativas para a alimentação da rede caso haja um problema em algum ponto dela.

O grupo que estudou as necessidades da rede elétrica para a Copa viu necessidades maiores em quatro sedes: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. A Fifa exige que duas fontes distintas de energia elétrica abasteçam os estádios, para que não haja um catastrófico apagão durante o evento.

Além da Copa, o país tem outras necessidades de modernização do sistema de transmissão de energia. Estudos da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) apontam que a infraestrutura presente no Brasil atualmente não comporta a influência de grandes fenômenos naturais, como ventos fortes e chuvas. Por isso, o país como um todo terá de gastar R$ 20 bilhões no setor.
Em entrevista ao R7, o presidente da Abradee, Nelson Fonseca, disse que para evitar sucessivos apagões nos próximos anos seria necessário trocar a rede de distribuição de energia em todo país. Ele afirma que, atualmente, grande parte da rede é a mesma de 50 anos atrás, quase 100% aérea e, por isso, exposta aos fenômenos climáticos. 

- Essas redes foram desenhadas para suportar [ventos de] 80 km/h, e hoje em dia estão acontecendo ventos cada vez mais intensos, que chegam a até 160 km/h. Elas [as redes] acabam não suportando.

Em relação à Copa do Mundo, o Brasil enfrenta ainda outros problemas de estrutura, como os flagrantes atrasos nas obras de alguns estádios e aeroportos.
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